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Foto do escritorPais do Henri

O dia do nascimento do nosso filho

Atualizado: 10 de mar. de 2019


Por volta das 00h30 do dia 28/03, senti que havia iniciado um novo ciclo em nossa vida.

As contrações ainda eram pouco doloridas e menos regulares, mas já não dava pra considerar como apenas contrações de treino, principalmente pelo fato de estar perdendo líquido. Não foi uma enxurrada como li em diversos locais, mas um escape, de um líquido claro que com um odor característico para "líquido amniótico".

Eu e o Pedro, começamos a cronometrar os intervalos e a duração. Por volta das 3h00 do dia

28/03 elas já estavam de 4 em 4 minutos. Foi aí que decidimos ir para o hospital. Afinal já estávamos de 40 semanas e 5 dias e se o trabalho de parto não iniciasse, iríamos internar no dia seguinte após a consulta com nossa obstetra para o parto normal induzido.

As 4h da manhã passamos em consulta no pronto atendimento do hospital, ainda estávamos com 2 cm de dilatação e a doutora optou por realizar uma ultrassonografia doppler para avaliar o Henri. Foi constatado centralização fetal, grau 1. Que de acordo com os médicos não ofereceria riscos imediatos ao Henri, porém não poderíamos ir pra casa, pois teríamos que ter o parto nas próximas horas.

As 8h00 foi solicitada a nossa internação, e as contrações continuavam frequentes. E optamos por dar seguimento no parto normal, porém com a indução, já que estávamos com 4 cm de dilatação. Inicialmente a equipe médica indicou a cesárea, mas meu desejo de ter o tão sonhado parto normal, permitiu que o doutor mudasse sua conduta.

As 9h00 iniciou a ocitocina como orientação médica, para que o trabalho de parto fosse eficaz em um curto prazo, pensando na centralização e no período de rompimento da bolsa. O papai pode acompanhar tudo de perto estando ao meu lado a todo momento e a cada contração. Uma vez que no centro obstétrico, na sala de pré parto é permitida a permanência do acompanhante.


As 12h00 estávamos com quase 5 cm de dilatação. Pude almoçar, achei bem interessante (risos).

Fiz caminhada, agachamento durante as contrações e não paramos se quer um momento, isso ajudava a aliviar as dores. A parte respiratória também ajudou muito ("cheire flor e assopre vela", foi uma das recomendações da enfermeira obstetra que acompanhou nas última consulta de pré natal)

As 15h00 estávamos com 6 cm de dilatação. Mantivemos todas as caminhadas, agachamentos, inclusive banho para ajudar na dilatação.

As 19h recebemos a notícia que havíamos progredido apenas 1 cm em 4 horas. As contrações eram bem fortes, muito doloridas, e realmente faziam jus aos comentários que eu ouvi durante toda a gestação ("você irá rasgar paredes quando as contrações de verdade vierem"). A decisão por realizar o parto cesárea surgiu, pois a dilatação não havia sido eficaz, tendo apenas 7 cm.

Não me senti menos mulher por decidir pela cesárea. Ninguém é menos mãe por ter tido uma cesárea ou mais mãe por ter parto humanizado. Afinal eu tentei por 14 horas o trabalho de parto normal e infelizmente não deu certo. Mas tenha a plena consciência de que tentei. O bem estar e os riscos ao meu filho foram de fato a nossa maior preocupação.

As 19h20 entrei no centro cirúrgico, com fortes dores e contrações. Ao aplicar da anestesia, elas simplesmente sumiram. Nunca fiz um procedimento cirúrgico, então aquela mesa e as luzes realmente nos fazem ir ao céu e voltar, sensação de "medo", impotência e de entregar a sua vida e a de seu filho nas mãos de outra pessoa.

Logo o Pedro pode entrar e acompanhar ao meu lado todo o parto. O meu melhor companheiro, meu marido perfeito.

Henri não demorou a nascer e as 19h58 ouvi seu primeiro suspiro, um choro descontrolável, alto e em bom som. Pedro cortou o cordão umbilical do Henri logo após ele parar de pulsar, e fiquei muito feliz por isso, pois estava em nosso plano de parto. Queríamos que ele recebesse todo o sangue do cordão. Henri nasceu com 3365 kg, 50 cm, olhos bem abertos, uma ótima garganta (risos)

Lágrimas inundaram meus olhos e a felicidade tomou conta de mim. Somos os pais mais sortudos do mundo. Somos os pais do Henri! E não existe forma para medir esse amor incondicional.







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