Henri esteve com um priminho que estava com o Vírus de Coxsackie, porém como não sabíamos ele acabou pegando.
Já conhecíamos a doença, pois o Henri já teve quando estava prestes a fazer 1 ano. Foi bem difícil naquela época, pois as alergias ainda estavam bem desreguladas, confundindo os sintomas e piorando o quadro clínico.
Pra quem não conhece, o Vírus de Coxsackie é conhecido como a doença mão-pé-boca, transmitida por contato através de secreções, muito comum em crianças menores de anos, porém podendo acometer adultos.
É um vírus que habita o sistema digestivo e manifestam sintomas iniciais bem parecidos com resfriados, podendo dar febre alta nos dias que antecedem as lesões, aparecimento de lesões na boca, amídalas e faringe com manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro que podem evoluir para ulcerações muito dolorosas. Também manifesta erupção de pequenas bolhas, em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, podendo se estender em outras partes do corpo como o bumbum e genitálias.
A pessoa infectada pelo vírus também pode manifestar diarreia e vômito, falta de apetite, mal-estar, e em caso de crianças, desidratação.
Henri teve contato com o priminho no sábado (11), e já na terça-feira (14), iniciou com febre alta, mal-estar, falta de apetite, ficando o dia todo apenas no leite materno e um grudinho com a mamãe. Revesamos entre os anti térmicos, anti inflamatórios, vitamina C, descongestionante nasal, banhos e muita hidratação, e mesmo assim a febre não cessava, ficando entre 38º a 39º sempre próximo ao horário das medicações. Foi basicamente um intensivão de horas e horas aferindo temperatura com a noite acordados para acompanhar ele de pertinho.
Garganta bastante vermelha e irritada, olhos lacrimejantes, coriza, dor de cabeça e uma criança totalmente letárgica.
Como já sabíamos do contágio, ficamos bem mais preparados para lidar, se é que pode se dizer isso né, porque corta o coração vê-lo doente.
Já no quarta-feira (15), ele estava muito pior, garganta cheia de bolinhas, reclamando de dor. Mesmo assim insistimos na alimentação fria em aspecto pastoso, com sopas e pão molhado, sucos naturais, água, além de manter o leite materno. Muito repouso, deitado em boa parte do tempo. Febre controlada com medicação a cada 4 horas. E já no final da tarde notamos o surgimento de uma bolinha de água no lobo da orelha esquerda. É isso mesmo, a gente vira o filho de ponta cabeça e revira novamente a procura de qualquer anormalidade, isso faz parte da maternidade (risos).
Na quinta-feira (16) foi o show das bolinhas, um monte no bumbum bem na divisão, e como se fossem vestígios de assadura na região genitália, nos cotovelos um monte e nas costas e orelhas umas 3. E ao contrário da outra vez, nada de bolinhas nas mãos, pé e boca.
Na sexta-feira (17), todas as bolinhas já estavam bem melhores e o Henri já estava com a energia de volta.
As bolinhas sumiram por completo na segunda-feira (20).
O que é importante relatar é que mesmo após a melhora dos sintomas, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas. Portanto, manter a higiene é fundamental para não sair infectando os outros. Aqui em casa, manteremos o contato zero com outras criança até fechar o período de transmissão.
Ah! Outra coisa importante de descrever é que não existe vacina contra a doença. Sendo assim, a pessoa pode contrair o vírus por quantas vezes forem possíveis, chato né, já que vírus sofre mutações e o organismo acaba por não ficar imune.
Uma dica super legal é que mesmo durante as fases, higienizar com álcool gel os brinquedos e todas as superfícies onde tocamos se faz fundamental. Assim evitamos ficar distribuindo a doença.
Importante lembrar também que vírus não se trata com antibiótico. Salvo é claro quando as lesões causadas pelo vírus forem infectadas, causando o acometimento de bactérias. Mas aí, vale muito uma avaliação médica, pois este profissional poderá lhe auxiliar em todo o processo e principalmente acompanhar os estágios da doença.
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